Caixa lança modalidade de crédito voltada para retrofit
A Caixa Econômica Federal anunciou uma nova linha de crédito imobiliário voltada para projetos de retrofit, a revitalização de prédios antigos. A modalidade oferecerá benefícios aos incorporadores em relação ao financiamento tradicional voltado a construção de imóveis novos. O anúncio foi feito em um evento do Secovi-SP, nesta quinta-feira (20).
“Como banco da habitação, temos estudado bastante o tema para apoiar o setor”, afirmou Reinaldo Mazzocato, Gerente de Clientes e Negócios de Habitação Para Pessoa Jurídica da Caixa. “A Caixa será a grande parceira do retrofit. Assim como dominamos outros mercados, queremos dominar este”, completou.
A nova linha de crédito segue a onda de crescimento do retrofit em várias cidades brasileiras, principalmente em grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.
Em São Paulo, por exemplo, a Secretaria de Urbanismo e Licenciamento da Prefeitura de São Paulo aprovou 21 projetos de retrofit dentro do Programa Requalifica Centro, dando incentivos fiscais para a atração de investimentos neste tipo de obra e o aumento na oferta de moradia na região central da capital paulista.
Segundo a Caixa, a linha utilizará recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), com taxas de juros abaixo do mercado. Uma novidade é a possibilidade de financiar a compra do imóvel original a ser reformado, além do terreno.
O banco vai antecipar até 50% do valor dos recursos para o incorporador, contra 10% nas linhas tradicionais. A medida pretende atender à concentração de desembolsos no início dos projetos. Recentemente, a legislação do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi atualizada para igualar imóveis retrofitados aos novos, facilitando o financiamento e a venda.
No evento do Sinduscon-SP, o representante da Caixa comentou ainda que o banco vai levar ao conselho curador do FGTS a proposta de que recursos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) para atender projetos de retrofit além do MCMV.
Fonte: Diário do Comércio